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AMOR DE MÃE #1

Maio é considerado um mês dedicado para as mães. Apesar do dia oficial do calendário já ter passado, é importante celebrar as mulheres que deram a vida por seus filhos e se dedicam para suas famílias. Porém, ser mãe não é uma tarefa fácil e existem momentos que o título pesa. A maternidade não é perfeita, e nem as mães.

Foto/Reprodução Pexels Kristina Paukshtite

Uma coisa é certa: as mães são os seres mais fortes que alguém irá conhecer em sua vida, e fazem de tudo pelos seus filhos. Existem mães que criaram, mães que adotaram, mães que se adaptaram, mães que sofreram e mães que pariram, e algo que as une, é o seu amor incondicional para com as crianças que colocaram no mundo.


Existem também as mães especiais, cujos filhos portam síndromes, transtornos ou deficiências, como Autismo ou Síndrome de Down. Essas mães batalham arduamente na sociedade para que seus filhos sejam aceitos, ultrapassando todos os obstáculos impostos. Guiadas pelo amor, as mães especiais são uma espécie de mãe blindada, cujo amor transborda em sua luta. Esse é o caso de Anita Smalti, de 59 anos.


Anita é mãe de Luciano Smalti, que tem 29 anos e possui o Transtorno de Espectro Autista, e desde o diagnóstico esteve sempre com ele, lutando pelos direitos dos Autistas em Bento Gonçalves, chegando a chefiar a Associação Gota D'Água no município.

Anita e Luciano Smalti. Acervo Pessoal.

E: Como foi a sensação e o sentimento ao descobrir que seria mãe especial?

A: Talvez surpresa, assustada. Ninguém espera ter um filho especial, mas eu procurei fazer o melhor.


E: Como você lidou com isso na época?

A: Procurei profissionais e busquei informações que pudessem me ajudar a lidar com a deficiência dele.


E: Quais são os maiores problemas que você enfrentou e enfrenta como mãe especial?

A: Foram tempos difíceis, sem local adaptado para terapias que necessitava, sem profissionais pela rede pública. Até mesmo na hora do diagnóstico de autismo.


E: Qual o seu maior orgulho sendo mãe especial?

A: Tenho orgulho de sempre fazer o melhor pra ele.


E: O que significa para você ser mãe especial?

A: Mãe especial é saber com um olhar, com um gesto, com um sorriso, com uma lágrima, com uma birra, o que seu filho quer dizer.


E: Você acha que uma mãe especial já nasce sabendo lidar ou vai aprendendo ao longo da jornada?

A: Aprendemos que cada dia são de novas conquistas e aprendizado. Aprendi a não ter vergonha de pedir ajuda, de gritar pelo direito dele, a não ficar calada. Aprendi que ter um filho especial me tornou uma pessoa batalhadora, que não desiste jamais.


E: Como você lida com julgamentos por parte da sociedade?

A: Hoje ainda existe o preconceito, mas não me afeta, aprendi a lidar com isso. A sociedade precisa entender que o autismo não é contagioso.


E: Como é sua rotina sendo mãe especial?

A: Minha rotina é tranquila, aprendi a viver um dia de cada vez.

O que digo para as mães, é que não desistam. A luta não é fácil, mas no final os resultados são grandiosos. E principalmente, que eles tem direitos e nós temos que cobrar para que sejam cumpridos! Nada na vida é fácil, mas aprendemos a torná-la mais simples.

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