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O ROSTO POR TRÁS DA LENTE

As fotografias são uma maneira de manter um momento vivo para sempre, congelando as memórias e sensações em uma imagem, para ser revisitada quantas vezes quiser.

Foto: Jeferson Soldi.

Por trás dessa arte, existe muito esforço, técnica e estudo, mas muitas vezes não se valoriza o profissional. Pessoas que eternizam esses momentos tão importantes na vida de alguém, também tem uma forma diferente de ver o mundo, por isso, convidamos o fotógrafo bento-gonçalvense de 45 anos, Jeferson Soldi, para contar um pouco de sua história.


E: Como foi a sua jornada?

J: Não é um caminho muito fácil de trilhar, pois criar um nome e se fixar no mercado leva tempo e persistência, mas com vontade e, determinação, tudo se torna possível.


E: Você tem técnicas diferentes para cada evento? Visto que tu já cobriu eventos de vinho, casamentos e etc...

J: Na verdade eu acredito que a técnica é a mesma, o que difere um trabalho do outro é o olhar, pois a cada evento vejo novas possibilidades de registro, tudo influencia : lugar, quantidade de pessoas, espaço. Enfim, para cada evento acabo me adaptando ao momento, mas sem perder a minha técnica.


E: O que você mais gosta na profissão?

J: Não consigo definir o que mais gosto no meu trabalho, uma vez que a fotografia em si, sempre me fascinou, mas óbvio que o registro das expressões das pessoas é que me encanta, pois quando consigo captar um momento de afeto, é muito gratificante.


E: O que a fotografia significa pra ti?

J: A fotografia pra mim é a forma mais fiel de eternizar momentos únicos, e que através de nossas lentes, se tornarão inesquecíveis.


E: Quando essa paixão começou?

J: Na verdade a paixão pela fotografia sempre existiu, porém, a possibilidade de tornar isso real foi quando em meados de 1998, em que eu atuava como cinegrafista da RBS, onde permaneci por 15 anos, surgiu então a oportunidade de ingressar na faculdade de fotografia, e lá pude aprimorar meu olhar , meu conhecimento sobre luz, enquadramento e composição. Com isso, entendi que deveria seguir esse caminho e, desde então, a aproximadamente 8 anos estou eternizando momentos únicos, e contando histórias lindas através das minhas lentes.


E: Como é sua vida como fotógrafo?

J: A vida de fotógrafo, ao contrário do que pensam, não é nada fácil, pois estamos sempre longe da família para estar presente em momentos que acoontecem paralelamente a nossa vida. Enquanto muitos estão no aconchego de seus lares nos finais de semana e feriados, estamos trabalhando, pois são justamente dias que mais acontecem eventos corporativos, festas, encontros de famílias, formaturas, casamentos, aniversários...enfim, não é uma rotina muito normal, com horários comerciais, que tenha hora pra chegar e sair, mas com certeza, me traz um prazer enorme em realizar, é sem dúvida um trabalho muito prazeroso.


E: O que você mais gosta de fotografar?

J: Não tenho uma preferência dentro da fotografia, uma vez que o ato de "Fotografar" é o que me move, mas se for pra escolher o que mais acho desafiante dentro da profissão, eu diria que Casamentos são mais instigantes, pois nunca existiu um casamento igual ao outro, cada situação é única e, isso de certa forma, desperta uma tensão e uma adrenalina que me fascina, pois a cada final de festa volto pra casa com uma riqueza de material que faz eu ter a certeza que estou na profissão certa.

E: Qual o trabalho que tu fez que mais te marcou ao longo do tempo?

J: Na verdade, cada trabalho é unico e tem suas particularidades, mas o que mais marca é quando firmamos uma amizade com o casal e levamos isso pra vida, e acabamos nos tornando o fotógrafo oficial da família, isso é disparadamente compensador.

Foto: Jeferson Soldi.

E: Você prefere preto e branco ou colorido? Por quê?

J: Não tenho preferência por preto e branco ou colorido, pois são tratamentos completamente distintos, depende muito de cada situação e de olhar, pois tem fotos que aplico a técnica do preto e branco e também mantenho o registro em colorido, acaba enriquecendo ainda mais as opções para o cliente.


E: O que é o mais difícil na profissão?

J: O que foi mais difícil pra mim, foi fazer com que meu nome fosse conhecido no mercado, o fato de termos muitos profissionais competentes em nossa região e nessa área da fotografia, se torna um ponto crucial e determinante em se empenhar, se preparar com cursos, workshop, e muito estudo para tentar se destacar e ter um diferencial que se torne uma marca registrada nesse meio.


E: Qual conselho você gostaria de ter ouvido antes?

J: Que eu deveria ter seguido o meu coração e minha intuição antes. Acredito que por insegurança acabei protelando muito esse sonho.


E: Tem alguma temática que tu goste mais de trabalhar?

J: Não tenho uma temática específica, porém não utilizo a técnica de fotografar em estúdios, sou adepto de fotografar ao ar livre, por explorar novos lugares, iluminação natural é algo que me encanta, mas claro que atuo em todos os segmentos se houver necessidade.


E: Você acha que a fotografia te mudou como pessoa? Impactou no teu modo de ver o mundo?

J: Com certeza, mudou diretamente, pois hoje não consigo fotografar pura e simplesmente momentos em família, preciso ter todo um contexto que me chame a atenção, minha esposa até me cobra muito isso, mas com certeza a fotografia pra mim tem que eternizar momentos únicos, registrar emoções que talvez vamos sentir vontade de recordar daqui a alguns anos, rever pessoas queridas que já partiram, relembrar momentos de alegrias com amigos. A fotografia pra mim ativa sentimentos que muitas vezes nem lembramos que temos, como a saudade, e só por isso já vale muito a pena rever fotos antigas, e muitas vezes esquecidas em gavetas.


E: Qual é a etapa mais difícil? A pós produção ou a produção das fotos?

J: Ao meu ver a produção das fotos é mais difícil, pois a direção é algo determinante na fotografia, é ela quem define o registro na íntegra, sem uma boa direção não existe expressão e nem composição fotográfica. Já o pós produção, consiste em tratar o que já está pronto, e com isso se torna mais tranquilo de realizar.

O fotógrafo, Jeferson Soldi.

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