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ROSA É A COR MAIS FORTE #3

Outubro não é apenas um mês para a conscientização do câncer de mama, mas também para exaltar as histórias de mulheres que enfrentaram esta situação, e saíram vitoriosas em sua luta.

Foto/Reprodução Freepik jannoon028

Nem sempre o caminho é fácil e, às vezes, o psicológico pode ser o maior inimigo durante esse tempo. É preciso encontrar maneiras de tirar o melhor de tudo, e todas as guerreiras que entrevistamos deram um exemplo disso.


A entrevistada de hoje é Sandra de Bortoli, representante comercial de 43 anos, e amante dos animais.


E: Como foi a realização do diagnóstico?

S: Eu sempre fui apaixonada por animais, mesmo trabalhando muito. Tenho um filho e dez cachorros, e no ano passado fui para a praia. Minha cachorra começou a ficar muito mal, fiquei alguns dias com ela no quarto, ela não comia, e acabou por falecer, foi muito difícil. Pouco tempo depois, notei um nódulo no meu seio, que estava grande e acho que foi pelo estresse que ele acabou aparecendo, chamei meu marido e ele também concordou. Já fazia um tempo que eu não ia ao médico, já que como representante comercial estou sempre viajando, mas no dia seguinte que notei o nódulo fui para um postinho de saúde, e me falaram que não havia um médico para realizar o pedido de exame, pois era final de ano. Falei que não sairia sem fazer. Em resumo, consegui o pedido e fiz todos os exames, descobri que era do tipo maligno invasivo, algo que foi bem difícil, chorei um pouco, mas como sou uma pessoa com fé, acreditei que Deus iria me ajudar e segui.


E: Como foi a sua jornada para chegar até este momento?

S: Fui para uma terapeuta, comecei uma dieta diferente e minhas sessões de quimioterapia não foram difíceis por causa disso. Eu saía da quimio e ia direto trabalhar, de tão bem que eu ficava, exceto na primeira vez mas, foi mais pelo psicológico. Sou uma pessoa muito religiosa, fui em cultos, fui ungida, e minha terapeuta disse que o nódulo iria diminuir. Eu iria fazer uma cirurgia para remover as mamas, mas foi cancelada pela pandemia, e quando estava no hospital parece que foi um sinal, o médico estava lá e disse que eu precisava, urgentemente, fazer a remoção após um mês da quimio, o que ia dar bem certinho. Também outro sinal, para mim, foi uma cadelinha em minhas pernas, que salvei e acolhi. Quando fui fazer os exames finais, antes da cirurgia, eles voltaram sem constar o nódulo. Retirei as duas mamas, coloquei prótese e agora sigo para as radioterapias, já que tive que esperar cicatrizar. Durante todo este tempo, me tornei uma pessoa diferente, agora penso muito antes de me estressar, amo passar tempo com minha família e meus cachorros, e até falava para eles que tudo ia ficar bem! O tumor também desapareceu.


E: No que o câncer modificou a sua vida?

S: Penso muito antes de me estressar, perdoei a todos, mesmo aqueles que me fizeram algum mal. Meu marido, filho, meus onze cachorros, tias, todos me deram muita força e amor incondicional para passar por isso.


E: Como você se sente em relação a isso hoje em dia?

S: Hoje parece que nem passei pelo tratamento, estou ótima.


E: Você teve algum tipo de apoio durante o tratamento? (Psicológico, familiar...)

S: Eu não quis psicólogo, tive a terapeuta e minha família comigo.


E: O que você diria que é o mais exaustivo durante o caminho, o psicológico ou o físico?

S: O psicológico definitivamente é o mais exaustivo, porque a mente precisa estar positiva, pois se deixar o medo tomar conta, aí você está ralada.


E: O que você diria para outras mulheres que estão passando pela mesma situação que você passou?

S: Eu diria que gostaria que as mulheres sempre pensem positivo, mesmo que seja difícil, e que cuidem da sua alimentação, porque faz toda a diferença.

Sandra e um de seus parceiros de quatro patas.

Se cuide e se toque!

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